Fonte: Agromaxima | Atualizado em 06/10/2025
📊 Resumo da Semana
O mercado global de trigo encerrou a primeira semana de outubro de 2025 com pressão baixista nos preços internacionais e estabilidade negativa no Brasil. Assim, refletindo o aumento da oferta mundial e o ritmo lento da demanda doméstica.
De acordo com o Cepea/ESALQ, o trigo no Paraná foi cotado a R$ 1.234,79/tonelada (queda de 0,49 %) e no Rio Grande do Sul a R$ 1.197,90/tonelada (queda de 1,36 %). O mercado físico gaúcho registrou negócios pontuais a R$ 66,00/saca de 60 kg, pressionados pela fraqueza na procura industrial e maior disponibilidade de grãos importados.
🌍 Cenário Internacional do Trigo
Nos Estados Unidos, os contratos futuros de trigo na CME Group recuaram para US$ 5,40 por bushel (≈ US$ 198/tonelada), acompanhando expectativas de safras abundantes no Hemisfério Norte.
O USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) elevou sua projeção de exportações para 2025/26 para cerca de 825 milhões de bushels, apoiada pela competitividade do produto norte-americano.
Portanto, em paralelo, a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) reportou queda de 0,6 % no índice global de preços dos cereais em setembro, reforçando o cenário de recuo no setor.
No entanto, a Ucrânia, por sua vez, ampliou sua área de plantio de trigo de inverno para 5,2 milhões de hectares, alta de 9 %, o que deve aumentar os volumes exportáveis em 2026.
Tendência internacional: preços em leve queda devido à oferta global recorde, estoques elevados e concorrência crescente entre exportadores (Rússia, UE, EUA, Austrália e Ucrânia).
🇧🇷 Mercado Brasileiro
O Brasil manteve tendência de preços estáveis com viés de baixa, influenciada por importações mais baratas e demanda industrial retraída.
Segundo a ABITRIGO (Associação Brasileira das Indústrias do Trigo), o país importou 3,58 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2025, com preço médio de US$ 245,54/tonelada, majoritariamente da Argentina (94,1 %).
Tendência doméstica: o câmbio e o custo logístico continuam sendo fatores decisivos. Assim, a manutenção de estoques elevados e o avanço do plantio local limitam o espaço para altas no curto prazo.
⚠️ Principais Fatores de Atenção
| Fator | Impacto Atual | Perspectiva |
|---|---|---|
| Oferta global elevada | Pressiona preços internacionais | Baixista no curto prazo |
| Demanda doméstica fraca | Reduz liquidez no Brasil | Estabilidade com viés de queda |
| Clima no Hemisfério Norte | Condições favoráveis até o momento | Risco de ajustes pontuais |
| Importações argentinas | Competitivas frente ao produto nacional | Pressão adicional sobre preços locais |
| Câmbio (BRL/USD) | Oscilando entre R$ 5,45 e R$ 5,55 | Volatilidade influencia custos de importação |
📈 Perspectiva Geral para Outubro
A tendência é de mercado lateralizado a levemente baixista, com preços internacionais sustentados por oferta ampla e exportações em ritmo firme.
No Brasil, a concorrência com o trigo argentino e a fraca atividade moageira devem manter o mercado contido até meados de outubro. O clima nas regiões produtoras do Sul continua sendo o principal fator de risco monitorado.
🧭 Conclusão
A semana reforça um cenário de acomodação nos preços do trigo, com o mercado internacional em leve retração e o doméstico ainda pressionado por custos e importações. Com isso, o produtor deve acompanhar de perto as cotações regionais e relatórios do USDA, CEPEA e CONAB para planejar melhor suas estratégias de comercialização e travas de preço.
🔗 Fontes
- CEPEA/ESALQ – Indicadores de Trigo
- USDA – Wheat Outlook Report
- FAO – Food Price Index
- Reuters – Agricultural Markets
- ABITRIGO – Relatórios de Importação
- Trading Economics – Wheat Futures
- Agrolink – Cotações de Trigo
Assim, a Agromaxima permanece comprometida em fornecer informações precisas e atualizadas para auxiliar seus clientes nas melhores decisões de compra e venda de trigo.
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