🧭 Introdução
O mercado do trigo encerrou a semana de 27 de outubro a 2 de novembro de 2025 em cenário de estabilização dos preços no Brasil, enquanto a Argentina avança com uma safra robusta e o mercado internacional mantém oferta abundante.
Neste resumo, trazemos uma análise clara e atualizada sobre preços, lavouras, tendências e impactos para o mercado brasileiro — com foco especial no trigo argentino, principal fornecedor do Brasil.
📊 Panorama de Preços
🇧🇷 Brasil
De acordo com dados da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), os preços do trigo no Brasil apresentaram leve estabilidade após semanas de queda:
- Rio Grande do Sul: média de R$ 1.103 FOB por tonelada (R$ 66,23/saca de 60 kg), recuo de 3,47%.
- Paraná: média de R$ 1.176/t (R$ 70,60/saca de 60 kg), com queda leve de 0,41%.
👉 Fonte: CONAB – Conjuntura Semanal do Trigo (22 a 26/09/2025)
Apesar da leve estabilidade, há risco de valorização caso ocorram perdas de qualidade nas lavouras do Sul do país.
Conforme o portal Agrolink, a oferta doméstica crescente e o aumento das importações podem manter os preços contidos no curto prazo.
🇦🇷 Argentina
O trigo argentino, essencial para o abastecimento do Brasil, segue em fase positiva de desenvolvimento.
Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), cerca de 97 % das lavouras estão entre boas e excelentes condições, impulsionadas por chuvas regulares.
Os preços internos variam entre US$ 214 e US$ 230 por tonelada.
📈 A Argentina é peça-chave: qualquer variação em sua safra impacta diretamente o custo do trigo importado no Brasil.
👉 Fontes: Reuters – Producción agrícola argentina podría rondar máximos históricos
🌍 Cenário Internacional
Nos Estados Unidos, os contratos futuros do trigo na Bolsa de Chicago (CBOT) oscilaram entre US$ 5,35 e US$ 5,40 por bushel (~US$ 197 a US$ 200 por tonelada, após conversão corrigida).
A tendência global segue de pressão de baixa, resultado da oferta abundante na América do Norte e Europa.
👉 Fonte: Trading Economics – Wheat Futures
🌱 Situação das Lavouras
Brasil
A colheita avança no Sul, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, com atenção à qualidade dos grãos.
Chuvas irregulares podem reduzir o peso hectolítrico e elevar a demanda por trigo importado.
A CONAB alerta para “aumento da oferta local, mas riscos de qualidade nas lavouras de ciclo tardio”.
Argentina
Com a manutenção do regime de chuvas, as lavouras argentinas exibem bom vigor e expectativa de produção acima da média histórica.
Segundo a Reuters, o país pode alcançar máximos históricos de produção agrícola, o que ampliaria a oferta exportável para o Brasil.
👉 Argentina suspends agro-export taxes – Reuters
Global
Na Europa e nos EUA, a colheita foi concluída com produção robusta, assim, consolidando o quadro de oferta global confortável.
Esse cenário tem limitado movimentos de alta, mantendo os preços internacionais sob pressão.
🔎 Tendências e Perspectivas
- Oferta global elevada: EUA, Europa e Argentina ampliam produção, sustentando preços mais baixos.
- Dependência brasileira: O Brasil segue dependente da oferta argentina; qualquer mudança nas políticas de exportação do país vizinho pode afetar custos internos.
- Câmbio e logística: A variação cambial e o custo do frete marítimo continuam como fatores determinantes para o preço final no Brasil.
- Qualidade da safra nacional: Caso a qualidade do trigo colhido no Sul piore, é provável um aumento nas importações argentinas, pressionando o câmbio e os custos de moagem.
🇧🇷 Impactos para o Mercado Brasileiro
A estabilização atual dos preços não indica conforto: o mercado vive um momento de observação.
Caso as condições climáticas se mantenham favoráveis e o câmbio não se desvalorize, é provável que o trigo continue estável.
Por outro lado, problemas de qualidade ou restrições nas exportações argentinas podem alterar o equilíbrio de preços rapidamente.
📈 Conclusão
A semana de 27/10 a 02/11/2025 trouxe um mercado do trigo em equilíbrio delicado:
- Preços estáveis no Brasil,
- safra promissora na Argentina, e
- pressão de baixa no mercado internacional.
Portanto, o cenário exige monitoramento constante da qualidade da safra brasileira, da oferta argentina e do comportamento cambial.
Assim, para moinhos e indústrias, é momento de planejar estoques e estratégias de compra, aproveitando o custo competitivo das importações argentinas.
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